quarta-feira, 10 de março de 2010

RELATÓRIO QUALITATIVO

SEMINÁRIO DE AVALIAÇÃO – MARANHÃO – 5 E 6 DE MARÇO DE 2010

“É necessário ter feito muito para se compreender que não se fez o bastante”

Os dois dias do Seminário de Avaliação do Gestar II no Maranhão foram uma estimulante experiência de troca. Apesar das inúmeras dificuldades narradas por diversos/as formadores/as, também pudemos conhecer experiências de sucesso e superação de obstáculos.
Durante esses dois dias, ouvi muito mais do que falei. Foi o momento de conhecer o que foi feito, as dificuldades encontradas, as conquistas e os planos para o futuro. Vejamos:

Entraves para a implementação do Gestar II
• O tempo para estudar é uma das dificuldades encontradas. As Secretarias de Educação precisam se envolver mais ativamente no Programa, de modo a criar melhores condições para a participação dos/as formadores/as e cursistas. O Programa deve construir meios para cobrar esse envolvimento. Nos municípios em que as Secretarias de Educação apoiaram o Programa de forma massiva os resultados foram muito melhores. O Programa precisa fiscalizar de maneira mais eficiente o envolvimento das Secretarias.
• Há problemas administrativos graves no Programa. Há formadores/as que fizeram corretamente seus cadastros e nunca receberam a bolsa prometida. É claro que isso se torna um estímulo negativo. Muitos/as relataram que escreveram diversos emails para a equipe administrativa e para o professor Guy e nunca obtiveram respostas; que tentaram também contato telefônico e não conseguiram.
• O atraso na entrega do material foi um problema sério que chegou a determinar o fracasso da implementação do Programa em alguns municípios.
• Muitos/as formadores/as relataram descrédito dos/as cursistas quanto à formação conduzida por seus/suas próprios/as colegas do município.
• Formadores/as observaram deficiências dos/as cursistas na produção escrita. Temos, sem dúvida, uma crise na educação, o que não é novidade.
É quase uma regra geral: professores/as trabalham demais, muitas vezes em três turnos. É, talvez, uma violência exigir-lhes mais de seu tempo. Penso que para serem certificados os municípios deveriam, obrigatoriamente, criar possibilidades para a participação de professores/as no Programa. Alguns municípios liberaram professores/as para participar do Programa, e nesses casos houve sucesso. Quando um/a diretor/a de escola coloca impedimentos para a participação de professores/as em um Programa como o Gestar II, verifica-se que o discurso do governo de valorização do/a profissional da educação não alcança a prática. Há muita carência na educação pública do Maranhão, uma carência que beira o absurso. As condições são inaceitáveis, o que ressalta o caráter louvável do esforço desses/as formadores/as.

Aspectos positivos da implementação do Gestar II
• Observou-se mudança nas aulas, com registros de depoimentos de alunos/as relatando aulas mais interessantes.
• Houve muito empenho de professores/as das zonas rurais de diversos dos municípios. Segundo relatos, foram os que tiveram maior motivação e que obtiveram maior ganho com o Programa. Com algumas exceções, não tiveram incentivo das Secretarias de Educação, e mesmo assim deslocaram-se para participar dos encontros de formação, mostrando grande entusiasmo pelo Programa.
• O Gestar teve resultado na motivação de professores/as e, consequentemente, de alunos/as.
• Houve mudanças de postura em relação ao ensino de língua materna e muito crescimento conceitual. A relação entre teoria e prática, enfatizada no Programa, foi comemorada por muitos/as formadores/as.
• É importante a liberdade para adaptar propostas e atividades às realidades locais.
• O Gestar trouxe o hábito de planejamento conjunto e coordenado, combatendo o trabalho isolado e incentivando maior interação entre professores/as.
• Houve um município que promoveu um seminário envolvendo cursistas e seus/suas alunos/as. Os/as alunos/as da zona rural sentiram-se valorizados/as. Essa estratégia poderia ser tomada como modelo no futuro.
• Muitos projetos pedagógicos criativos foram formulados e implementados, muitas vezes articulando professores de disciplinas diversas.

Perspectivas para o futuro
• O material excedente recebido em alguns municípios será utilizado em 2010. Alguns municípios pretendem utilizá-lo para formar, de maneira autônoma, outra turma de cursistas; outros municípios pretendem utilizá-lo em regiões mais distantes não contempladas nesta edição do Programa.
• Há demanda pelo programa em outras áreas, como Geografia, Ciências e História.
• Um exemplo de experiência muito bem sucedida na implementação do Gestar II no Maranhão é o município de Santa Luzia. Com uma equipe de coordenadora e formadoras muito engajadas, o Programa foi um sucesso. Em 2010, pretendem aproveitar o material excedente na formação de novas turmas de cursistas, inclusive havendo demanda para o envio de novos kits, caso seja possível. Cursistas que se destacaram serão convidadas a formar novos/as cursistas, dando continuidade ao Programa no município. Os/As professores/as contratados, não atingidos/as pelo Gestar II, também serão estimulados/as a participar – já que estão efetivamente em sala de aula. Nas palavras da coordenadora do Gestar II no município, “o Gestar em Santa Luzia foi e será um sucesso, porque nós não vamos parar por aqui”

O aspecto mais positivo do Gestar II, em minha opinião, é a amplificação. Partimos de poucos indivíduos para atingir um universo expandido de atores sociais. É gratificante colher os frutos desse esforço, ainda que não possamos negar as dificuldades e as falhas do processo. Sou profundamente grata a todos/as que me permitiram a satisfação de fazer parte dessa história.
Se uma crítica construtiva me é permitida, gostaria de enfatizar que uma comunicação mais eficiente é imprescindível. Eu mesma relato que escrevi vários emails para o administrativo e para o financeiro e que nunca obtive resposta, e o mesmo caso foi relatado por colegas formadores/as UnB. A equipe administrativa precisa ser acompanhada mais de perto pela coordenação, a fim de realizar um trabalho que nos ajude de fato. Por exemplo, no momento de lançar notas, procurei a sra. Fátima Eleutério, que digitou as listas de frequência com que trabalhamos, para lhe solicitar o envio da lista de minha turma (para que eu não precisasse digitar todos os nomes) e descobri, com surpresa, que ela não havia salvado as listas. Esse erro resulta em trabalho duplicado, que poderia ser evitado. Mais grave que isso é o fato de termos viajado para o Seminário de Avaliação sem termos recebido as diárias devidas. É um absurdo termos de financiar com nossos próprios recursos um programa do governo. Esse ‘financiamento’ é um empréstimo de nosso dinheiro, para o qual não recebemos juros. Não considero isso certo. No dia em que viajei, tendo constatado que as diárias não haviam sido depositadas em minha conta, telefonei para o administrativo do Gestar, que não soube resolver meu problema e não pareceu considerá-lo grave, afirmando que a quantia seria depositada nos próximos dias e que a planilha havia sido enviada ao MEC havia vários dias. Liguei para a sra. Ana Paula, do MEC, que afirmou que o administrativo do Gestar havia enviado a planilha com atraso e que não sabia quando o dinheiro seria depositado, mas que isso provavelmente não seria feito nos próximos dias, contradizendo o que me haviam informado. Penso que uma maior articulação entre as diversas equipes envolvidas nesse trabalho não poderia senão torná-lo mais eficiente. Aprendemos muito com os erros, quando sabemos enxergá-los.
Por fim, devo registrar, mais uma vez, minha satisfação em fazer parte desse processo. Apesar de minhas falhas e imperfeições – não há quem não as tenha –, sei que fiz um bom trabalho, e sei do gosto que tive em fazê-lo. A melhor prova do dever cumprido é a amizade e o reconhecimento que levo de minha turma.

Brasília, 10 de março de 2010.

Viviane de Melo Resende

terça-feira, 2 de março de 2010

Depoimento de Edivanilda sobre o Gestar II

O GESTAR EM SANTA QUITÉRIA – MA

Aqui nessa cidadezinha,
Santa Quitéria do Maranhão,
Há um grupo de cursistas
Que aprovaram a adesão,
Do programa Gestar II,
Feita pela Secretaria de Educação.

Com o término desse curso,
Querem muito agradecer
Mostrando alguns dos trabalhos,
Feitos com grande prazer.
Resultados de muito estudo
Que só lhes fizeram crescer.

Em todo curso que se preza,
Sempre há o que mostrar.
Descrevo alguns equívocos,
Do antes do curso começar.
Depois darei resultados
Do Gestão da aprendizagem Escolar.

Sobre gêneros e tipos textuais,
Eis aí a grande “confusão”!
Para muitos, tipos eram gêneros.
Para outros, gêneros e tipos era uma fusão.
E nesse “abacaxi” todo,
Os alunos é que ficavam na mão.

Quanto às produções textuais,
Texto, sempre pediam para fazer.
Somente para dar nota,
Sem o aluno saber o quê, para que e o porquê.
Não sabendo as características,
Muito menos a função,
Faziam qualquer coisa
Para não perderem a lição.

Sobre a “Intertextualidade,”
Quem já tinha ouvido falar?
Garanto que todos os cursistas.
Isso eu não posso negar.
Mas, as formas como ela se dá,
Ninguém sabia não,
Nisso também estou incluída,
Por que mentir então?

Nesse nível de dificuldade,
Destaquei alguns dos TPs.
Por terem sido mais trabalhosos,
Repetiu-se mais de uma vez.
Porém, com ajuda de Luiza Monteiro, Marcuschi,
Silviane Bonaccorsi, e eu, é claro!
Essa postura equivocada
Ficou para trás, de uma vez!

Saindo desses obstáculos,
Vamos lá ao que interessa:
O desenvolvimento das oficinas
Foi tão bom! Uma “festa”!
Mesmo com o tempo curto,
Todos se esforçaram bastante.
As atividades dos TPs e AAAs
Fizeram de forma bem relevante.

Muitas dúvidas foram tiradas,
Em uma discussão constante.
Cada encontro, um objetivo
Com experiências bem marcantes.
Dentre os trabalhos apresentados,
Muitas produções textuais,
Até homenagem ganhei de aluno,
Não é emocionante demais?

Do Gestar em minha cidade
Ainda há muito o que falar
Mas agora, posso não,
Pois tem umas certas cursistas,
Querendo dar uma contribuição.
Nesse relato importante,
É delas a opinião:

(Edina)
“ De muitos cursos, já cheguei a participar.
Buscando sempre novas maneiras,
Para em sala de aula atuar.
Porém muito vagos, só bastante teoria.
O Gestar? Ah, esse não!
É tudo o que eu mais queria!

Teoria e prática na dose certa.
Agora, mais dinâmicas e prazerosas
Minhas aulas estão sendo.
E a aprendizagem dos meus alunos,
Com certeza, está crescendo”.

(Edilsa)
“ Esse programa que aqui veio,
Engrandecer a nossa educação,
Em Português e Matemática
Trouxe grande capacitação.
Aprimorou meus conhecimentos,
Para meu currículo, é extensão’’.

Com esses depoimentos,
Meu relato vou encerrar.
Agradecendo a todos os cursistas,
Com os quais eu pude contar.
Para desenvolver esse grandioso programa
O qual denomina-se GESTAR.
Programa que ajudou
Alguns educadores desse lugar,
Melhorar o desempenho
No ambiente escolar.

Também não posso deixar,
De uma pessoa agradecer,
É Viviane Resende, Formadora da Unb.
Doutora em linguística,
Dotada de muito saber.
Com toda sua dedicação
Pude contar pra valer.
E todas as minhas dúvidas
Ela pôde esclarecer.

Aos formadores blogueiros
Peço aqui minhas desculpas,
Por esse nível de linguagem,
Nesse relato de luta.
“O estudo da gramática
Poetas, não faz não.
Assim, disse Rubem Alves
Ao falar de educação”.
Quando se é entendida
No ato da comunicação,
O tipo de linguagem não importa.
Não é mesmo, meus irmãos?

Edivanilda da Silva Lima
Formadora Municipal

(Fonte: http://umingredienteamais.blogspot.com/)

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Reflexão sobre os TPs - por Nauriza Núbia, de Sucupira do Riachão

"O estudo dos TPs está sendo feito de forma satisfatória, os conteúdos estão sendo trabalhados individualmente e também coletivamente.Através do programa Gestão da Aprendizagem Escolar,tanto eu como os professores cursistas estamos tendo uma visão diferente, a cada encontro aprendemos algo novo e procuramos mudar nossas práticas e trocamos experiências.A cada TP, nós nos surpreendemos,os textos são bons e aprendemos muito com as oficinas.
Observei que o TP que mais dificultou o estudo foi o 3,Gêneros textuais e sequências tipológica,deu um certo trabalho para se entender essa diferença mais no final conseguimos entender. O TP quatro que fala de Letramento,leitura e escrita foi trabalhado muito bem,e no final todos os cursistas conseguiram fazer a diferença do que é Letramento,alfabetização,escolarização e também sobre o processo de leitura e escrita. Trabalhar o TP 5 foi muito agradável o conteúdo Estilo,coerência e coesão é muito importante para a produção textual e é importante também que tanto nós quanto os cursistas saibamos lidar com esses mecanismos para que os nossos textos fiquem interessantes.OTP1 então nem se fala o conteúdo do mesmo é muito interessante e de fácil entendimento e está muito presente no nosso dia –a- dia, trabalhamos as variantes lingüísticas buscando exemplos do nosso próprio município,trabalhamos literaturas de cordel e fizemos apresentações de trabalhos em várias linguagens."

(Postado por Nauriza Núbia em http://naurizanubiasuc.blogspot.com/)

Alunos/as produzem textos em Buriti





(Postado por Aleide em http://formadoragestaraleidejossebur.blogspot.com/)

Depoimento da cursista Antônia Rita - Amarante

"Este curso de formação continuada despertou em mim o desejo profundo de fazer acontecer a mudança em sala de aula.

Além dos métodos de leitura que os TPs nos trouxeram, vemos que a partilha de experiência entre os colegas professores nos ajuda muito nos nossos trabalhos.

Acredito que esse programa vai prosseguir, pois precisamos estar sempre inovando nossos métodos de ensino porque a cada dia as mudanças são necessárias para nossa realidade adversa vinda da parte dos educandos que pouco se preocupam em serem bons leitores e escritores.

A partir do início do ano letivo de 2010, já começarei a trabalhar da melhor forma possível os TPs com meus alunos. Achei todos eles excelentes nas suas formas dinâmicas de trabalhar textos em suas diversidades.

Deixo meus agradecimentos a cada um que contribuiu, direta ou indiretamente, para que essa formação acontecesse."

(Postado por Josenira em http://josenirasales.blogspot.com/)

Seminário de Avaliação do Gestar II em Amarante

"O seminário Avaliativo do Gestar foi realizado no dia 19 de Dezembro de 2009 com o objetivo de dar oportunidade aos cursistas de expressarem suas opiniões sobre o programa em geral.

Na ocasião, cada cursista dizia os pontos positivos e negativos que encontraram durante a realização das oficinas. Nos depoimentos os participantes falaram sobre a dificuldade encontrada devido à distância de suas residências ao local de estudo, visto que a maioria era professores do interior. Também o tempo para realização das atividades nas suas escolas não era suficiente, contudo prometeram dar continuidade em 2010 às metodologias oferecidas nos TPs.

Os formadores e a Coordenação também foram elogiados pelo dinamismo e eficiências com que trabalhavam, levando os participantes a interagirem entre si compartilhando suas experiências.

Apesar das dificuldades enfrentadas muitos foram os benefícios alcançados. Segundo os professores suas técnicas de ensino foram bastante inovadas com o desenvolver do programa, sendo que o trabalho em sala de aula foi facilitado e os alunos foram beneficiados.

Na opinião dos cursistas o Gestar é um programa que não deve parar, pois ele oferece grandes oportunidades de melhoria á prática pedagógica dos professores."

(Postado por Josenira em http://josenirasales.blogspot.com/)

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Mais um texto da Cleo

O Programa Gestar II
Para mim é um aprendizado
Pela sua excelência
E jeito organizado
Eu me encontro feliz
Aqui com seu resultado.

Foram muitos os desafios
Ao começar pela necessidade
De viajar à São Luis
Sair da minha cidade
Deixando minha família
Só muita responsabilidade.

A distância dos meus filhos
Foi grande preocupação
Deixá-los ali sozinhos
Sem a minha proteção
Com certeza foi um fator
Que angustiou meu coração.

Mas as minhas amizades
E todo conhecimento
Adquiridos na formação
Deu-me um certo contentamento
Que de alguma maneira
Facilitou o distanciamento.

Com os cursistas em Amarante
Tudo é felicidade
O Programa é um sucesso
O que é realidade
Muito embora tenhamos
Encontrado dificuldade.

O excesso de trabalho
Foi o que dificultou
A Formação e Coordenação
Que comigo acumulou
Foi certamente um “espinho”
Que ao longo do tempo gerou.

A bolsa não apareceu
Deixando-me desmotivada
Só continuei o Programa
Por estar compromissada
Com os cursistas da turma
Que por mim é orientada.

Pois só a Coordenação
De muito tempo requer
Tenho que resolver tudo
Ser pro que der e vier
Dando suporte a todos
Da formação ao café.

Meu tempo é muito corrido
Pelas várias atribuições
No trabalho e na família
Porque dos filhos sou pãe
Porém com responsabilidade
Executo minhas ações.

O Programa no município
Está chegando ao final
Mesmo com as dificuldades
Tudo está sensacional
Isto porque a qualidade
Pra mim é primordial.
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Que bom, Cleo!! Fico muito feliz em saber de seu sucesso e satisfação!

Pessoal, quero saber das notícias da turma toda!! Mantenham contato!

Abraços,
Viviane.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Dica de leitura

Scherre, M. O preconceito lingüístico deveria ser crime. Galileu. Editora Globo. Novembro de 2009. pp.94-95.

Basta ser homem (sic.), estar em sociedade e estar rodeado de pessoas falantes que a língua – este sistema de comunicação inigualável – emerge, se instaura e toma conta de todos nós, de nossos pensamentos, de nossos desejos e de nossas ações. Falar faz parte do nosso cotidiano, de nossa vida. A troca por meio das formas lingüísticas é a nossa dádiva maior, nossa característica básica. É por meio de uma língua que o ser humano se individualiza, em um movimento contínuo de busca de identidade e de distinção. É isto, enfim, que nos torna humanos e nos diferencia de todos os outros animais.

Já está bem evidenciado que todo e qualquer homem adquire uma língua ou variedade lingüística de forma perfeita e dela é senhor absoluto. Não existe homem sem-língua. Mesmo as pessoas com deficiências diversas adquirem um sistema lingüístico. Quem é surdo, por exemplo, adquire as línguas de sinais, que também são sistemas complexos e perfeitos.

Sendo assim, não existe razão para que tenhamos preconceito com relação a qualquer variedade lingüística diferente da nossa. Preconceito lingüístico é o julgamento depreciativo, desrespeitoso, jocoso e, consequentemente, humilhante da fala do outro ou da própria fala. A grande questão é que as variedades lingüísticas mais sujeitas a preconceito lingüístico são, normalmente, as com características associadas a grupos de menos prestígio na escala social ou a grupos da área rural ou do interior do país. Historicamente, isso ocorre pelo sentimento e pelo comportamento de superioridade dos grupos vistos como mais privilegiados, econômica e socialmente.

Então, há críticas negativas com relação, por exemplo, à falta de concordância verbal ou nominal (As coisa tá muito cara); o ao r no lugar do l (Framengo); à presença do gerúndio no lugar do infinitivo (Sra. Marta, daqui a uns três minutos eu retorno a ligação pra senhora, porque eu vô tá verificano); ao r chamado de caipira, característico da fala de amplas áreas mineiras, paulistas, goianas, matrogrossenses e paranaeneses (em franca expansão, embora sua extinção tenha sido prevista mesmo por linguistas). Depreciando-se a língua, deprecia-se o indivíduo, sua identidade, sua forma de ver o mundo.

O preconceito lingüístico – o mais sutil de todos os preconceitos humanos – atinge um dos mais nobres legados do homem, que é o domínio de uma língua. Exercer o preconceito lingüístico é retirar o direito de fala de milhares de pessoas que se exprimem em formas sem prestígio social. Não quero dizer com isto que não temos o direito de gostar mais, ou menos, do falar de uma região ou de outra, do falar de um grupo social ou de outro. O que quero mesmo dizer e enfatizar é que ninguém tem o direito de humilhar o outro pela forma de falar. Ninguém tem o direito de exercer assédio lingüístico. Ninguém tem o direito de causar constrangimento ao seu semelhante pela forma de falar.

A Constituição brasileira reza que "ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante''. Sendo assim, interpreto eu que qualquer pessoa que for vítima de preconceito lingüístico pode buscar a lei maior para se defender, tendo em vista que o preconceito lingüístico se configura como um tratamento desumano e degradante – uma tortura moral. Se necessário for, poderíamos até propor uma lei específica contra o preconceito lingüístico, apenas para ficar mais claro que qualquer pessoa tem direito de buscar a justiça quando for vítima de preconceito lingüístico.

Sei que muitos devem achar que isto é bobagem, que todos devem deixar de falar errado. Mas todo mundo tem direito de se expressar, sem constrangimento, na forma em que é senhor, em que ele tem fluência, em que ele é capaz de expressar seus sentimentos, de persuadir, de manifestar seus conhecimentos, enfim, de falar a sua língua ou a sua variedade de língua.

(Fonte: http://dioneygomes.blogspot.com/)

Cordel sobre a expulsão de aluna da Uniban

Queridos/as, vejam a seguir um exemplo de como os eventos tratados na grande mídia podem ser recontextualizados, criativamente, por artistas populares!

Alguma ideia de como um texto como este poderia ser aproveitado em sala de aula?

Abraços,

Viviane.
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UMA BURCA PARA GEISEY

Miguezim de Princesa


I
Quando Geisy apareceu
Balançando o mucumbu
Na Faculdade Uniban,
Foi o maior sururu:
Teve reza e ladainha;
Não sabia que uma calcinha
Causava tanto rebu.


II
Trajava um mini-vestido,
Arrochado e cor de rosa;
Perfumada de extrato,
Toda ancha e toda prosa,
Pensou que estava abafando
E ia ter rapaz gritando:
"Arrocha a tampa, gostosa!"

III
Mas Geisy se enganou,
O paulista é acanhado:
Quando vê lance de perna,
Fica logo indignado.
Os motivos eu não sei,
Mas pra passeata gay
Vai todo mundo animado!

IV
Ainda na escadaria,
Só se ouvia a estudantada
Dando urros, dando gritos,
Colérica e indignada
Como quem vai para a luta,
Chamando-a de prostituta
E de mulherzinha safada.

V
Geisy ficou acuada,
Num canto, triste a chorar,
Procurou um agasalho
Para cobrir o lugar,
Quando um rapaz inocente
Disse: "oh troço mais indecente,
Acho que vou desmaiar!"

VI
A Faculdade Uniban,
Que está em último lugar
Nas provas que o MEC faz,
Quis logo se destacar:
Decidiu no mesmo instante
Expulsar a estudante
Do seu quadro regular.

VII
Totalmente escorraçada,
Sem ter mais onde estudar,
Geisy precisa de ajuda
Para a vida retomar,
Mas na novela das oito
É um tal de molhar biscoito
E ninguém pra reclamar.

VIII
O fato repercutiu
De Paris até Omã.
Soube que Ahmadinejad
Festejou lá no Irã,
Foi uma festa de arromba
Com direito a carro-bomba
Da milícia Talibã.

IX
E o rico Osama Bin Laden,
Agradecendo a Alá,
Nas montanhas cazaquistãs
Onde foi se homiziar
Com uma cigana turca,
Mandou fazer uma burca
Para a brasileira usar.

X
Fica pra Geisy a lição
Desse poeta matuto:
Proteja seu bom guardado
Da cólera dos impolutos,
Guarde bem o tacacá
E só resolva mostrar
A quem gosta do produto.

(Fonte: http://dioneygomes.blogspot.com/)

SEMINÁRIO DE AVALIAÇÃO

Nós precisamos saber como o GESTAR aconteceu, que avaliação os/as professores/as fizeram do programa, que pontos deveriam ser melhorados numa outra versão do programa, quais são seus pontos fortes. Queremos saber o que mais marcou e que tipo de semente ficou para os/as professores/as cursistas continuarem o trabalho com autonomia.

Devemos sempre lembrar que são dois cursos:

1. da UnB – que faz a formação dos/as formadores/as;

2. do estado – que faz a formação de professores/as in loco.

Então, há critérios do estado que nós não podemos definir. Por isso, eu informo apenas como vocês devem se organizar com os trabalhos finais de vocês para colher as informações que devem ser levadas para mim.

Minha avaliação será feita por meio de:

· Frequência dos/as formadores/as;

· Envio de relatórios nos meses subsequentes a nosso encontro;

· Portifólio (tradicional ou blog);

· Seminário.

Vou averiguar:

· se o/a formador/a realmente tem turma;

· se os conhecimentos ministrados no curso foram de fato aplicados com eficiência;

· se houve a reflexão sobre a prática durante as oficinas;

· se o curso privilegiou a reflexão sobre a prática ou se privilegiou a teoria em detrimento da prática;

· se discutiu os problemas dos/as professores/as e alunos/as, buscando formas de superá-los.

Os/As formadores/as que tenham optado por portifólio tradicional, em papel, deverão levá-los para o Seminário de Avaliação e, posteriormente, enviá-los pelos Correios (para meu endereço pessoal) para arquivamento no Interfoco/UnB.

Acredito que essas orientações podem nortear o planejamento de nosso Seminário de Avaliação.

Um abraço,

Viviane.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Seminário de Avaliação - nova data

Queridos/as formadores/as,

a SE do Maranhão adiou nosso Seminário de Avaliação para os dias 5 e 6 de março.

Essa informação chegou para mim hoje. É claro que é um transtorno para nosso planejamento, mas por outro lado teremos mais tempo para realizar o trabalho, inclusive os projetos.

Ressalto que o adiamento é de responsabilidade da SE, não da UnB.

Abraços,

Viviane.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Depoimento sobre o Gestar II

Queridos/as,

vejam a seguir um depoimento crítico a respeito do Gestar II, enviado pela formadora Célia Maria, de Cabedelo.

Seguimos refletindo!

Abraços,

Viviane.

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Sou professora de língua portuguesa na Escola Municipal Marizelda Lira da Silva, da cidade de Cabedelo, lecionando turmas de 6º. a 9º. do ensino fundamental. Estou participando do Gestar pela primeira vez.

A rotina, trabalhos frequentes com planos, projetos, o contexto de sala de aula atual, as práticas para um melhor desempenho exigem de nós professores muito empenho e dedicação, preenchem grande parte do nosso tempo, e quando somos “convidados”, poderia até dizer “convocados”, a participar de um curso de aperfeiçoamento, capacitação, no primeiro momento, não nos sentimos motivados, pois tememos ser apenas um trabalho a mais para o professor. Isso já aconteceu com relação a certos cursos ou atividades promovidas por órgãos que fizeram algum tipo de proposta para ajudar no desenvolvimento da escola, mas que se limitaram a discussões, teoria , sem trabalhos de impacto para interferir, aprimorar as práticas pedagógicas junto ao aluno.

Com o Gestar II descobrimos uma motivação nova para procurar outras abordagens para trabalhar com o aluno. Vimos que se trata de um trabalho sistemático, um organismo articulado, desde o gerenciamento até o trabalho concreto dos formadores junto aos cursistas, e daí a articulação com o planejamento, com a sala de aula.

Conceitos e propostas de trabalho participativo e interativo, construção coletiva, escola democrática e afetiva, incentivo à autonomia e auto-realização, chegam até nós através de um material rico, bem elaborado, que questiona e complementa, e usa a ferramenta metodológica que deseja ensinar. Nos cursos nos sentimos à vontade, motivados ao aprendizado. Os formadores são dedicados, atenciosos e competentes, trabalhando com harmonia, interação, dinâmicas, ferramentas variadas. Mais ainda, aprendemos com carinho, práticas interativas: um trabalho sintético mas criterioso, capaz de gerar reflexões, novas abordagens, novas aprendizagens. Quando pensamos que já sabíamos tudo, ou que não sabíamos mais de nada, não sabia o que fazer com o aluno com defasagem na aprendizagem, ou aprimorar o desempenho em turmas mistas, com desnivelamento na competência lingüística, surgem possibilidades e ferramentas que vão ajudar a melhorar a prática na sala de aula. O GESTAR está vindo colaborar com esse processo: traz motivação e práticas que apontam para essa nova direção: propostas com “ações sistêmicas e estratégicas”, ações integradas, articuladas, com um trabalho voltado para o contexto social e comunicação efetiva.

Mas o que falta é a questão do material para o aluno.Os cadernos de atividades são vários, não há condição de o professor ou a escola se responsabilizarem pela reprodução. É necessário rever como esse material poderá chegar às mãos os alunos. Ainda tenho uma observação: mesmo muito bons, com relação à região nordeste, podem ser incluídos outros textos que tenham mais aproximação com a realidade do aluno. A questão dos exercícios longos ( resumir mais), pois são alunos que não se estendem muito na comunicação escrita ( por não terem bom desempenho linguístico, ou ainda por serem estressados, vivendo o tempo da velocidade, da comunicação rápida).

Cabedelo, 29 de outubro de 2009-10-29

Célia Maria Alves de Aguiar

Seminário de Avaliação

Queridos/as formadores/as


Aproxima-se a data de nosso encontro, nos dias 16 e 17 de novembro. Aqui estão algumas orientações sobre os passos a serem cumpridos no Seminário de Avaliação.

Serão dois dias de avaliação e não mais de formação, como nos encontros anteriores. Portanto, não teremos mais curso e sim as apresentações de vocês. Para a certificação, farei a mediação das apresentações e a avaliação do que foi solicitado ao longo do ano.

Para isso, vocês devem levar o resultado do que produziram com os/as cursistas. Isso pode ser em formato de banner, cartaz, powerpoint (talvez o powerpoint seja a opção menos desejável, pois é provável que não contemos com DataShow...).

Lembrem-se de que cada formador/a ou coordenador/a terá APENAS 20 minutos para a exposição oral do que sintetizou para o evento. O uso desse tempo será também objeto de avaliação, pois a habilidade de síntese e a escolha do recurso para a apresentação farão parte do processo avaliativo.

No seminário, vocês deverão levar seus portfólios, com tudo que fizeram até esse dia: aulas preparadas, orientação dos projetos, resultados nas escolas de seus/suas cursitas, projetos dos/as cursistas, problemas, fracassos, sucessos etc, além de biografia, memorial e auto-avaliação. Assim comprovarão que :

i) executaram as oficinas,

ii) recolheram e avaliaram o produto dos/as cursistas em relação às lições de casa e

iii) orientaram os projetos dos/as cursistas, que deverão ser apresentados como produto no final do programa ao/à formador/a, que, por sua vez, nos apresentará como fruto de seu trabalho de orientação.

Lembro que o portifólio poderá ser apresentado em formato digital do tipo blog, em CD, DVD ou impresso, e é ele que será avaliado acima de tudo.

Podemos também fazer uma mostra dos trabalhos mais significativos. Não se esqueçam das câmeras fotográficas para registrarmos esse momento!

Caminhemos! Se houver dúvidas, me escrevam!

Estou certa de que se o Gestar tem sido um sucesso anunciado e se chegamos até aqui é porque vocês vêm conduzindo, em seus municípios, um dos programas de Educação mais efetivos do MEC. Por isso estou ansiosa para ouvir os depoimentos e conhecer um pouco mais de seus/suas cursistas e alunos/as.

Com o carinho e o respeito de sempre,

Viviane.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Uma mensagem estimulante!

Queridos/as,

posto a seguir a cópia de uma estimulante mensagem que recebi de nossa colega Dalva. Espero receber notícias de todos/as vocês!!

Abraços,

Viviane.

"Oi, Viviane
Nossa formação em Axixá está se desenvolvendo muito bem. Estamos, inclusive, montando nossa rede colaborativa regional (com os municípios da região do Munim, cinco ao todo que participam do GESTAR), com o objetivo discutirmos dificuldades e soluções e de partilharmos experiências e sugestões. Já foram aplicadas, aqui em Axixá, três tranposições (TPs 3, 4 e 5) e as socializações dessas experiências têm sido empolgantes (você vai poder comprovar, aguarde!); por conta das festividades do aniversário da cidade, as escolas (ou melhor, os cursistas) pediram que suspendesse a aplicação do TP 6. O acompanhamento nas escolas tem sido mais que uma atividade complementar, tem sido uma experiência gratificante pelo que me tem feito crescer como profissional da educação e mesmo como pessoa. Como sou grata a Deus e àqueles que acreditaram no potencial do meu trabalho... quero oferecer o meu melhor; acredite, estou me esforçando muito para isso. Estou organizando todos os meus instrumentos: ficha de acompanhamento nas escolas; relatório de acompanhamento pedagógico em sala de aula; controle de plantão pedagógico e de acompanhamento ao projeto didático (tenho que digitalizar tudo para enviar a você e a nossa internet está deixando muito a desejar, mas vai dar tudo certo!) A elaboração do projeto ainda não deslanchou em todas as escolas, isso só acontece quando eu sento com eles e invisto detalhadamente nas orientações (já consegui, até agora, com três escolas). Eu e a Coordenadora Municipal do Gestar vamos iniciar, juntamente com a formação de matemática, dia dois de outubro, nossas oficinas nos pólos, tendo como alvo o projeto (elaborado interdisciplinarmente. Breve mando tudo documentado em foto e vídeo (tenho todas a s minhas atividades registradas e vou postar mais algumas no blog). Não consegui postar o vídeo das nossas oficinas de introdução, mas vou dar um jeito de enviá-los a você. O nosso endereço é http://espacodalinguagem.blogspot.com. Em anexo, um pequeno registro do nosso trabalho.
Abraços!
Dalva"

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Blog da Dalva

Queridos/as,

visitem o blog da Dalva e vejam como ela organizou as reflexões sobre os encontros em Axixá!

http://espacodalinguagem.blogspot.com/

O portfólio deve ser um ambiente reflexivo! Parabéns, Dalva!

Abraços,

Viviane.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Acompanhem os blogs dos/as colegas!!

Queridos/as,

mais um blog da nossa turma! É o da Núbia: http://www.naurizanubiasuc.blogspot.com/

Vejam a lista completa dos blogs de que recebi informação lá embaixo, em "Também blogam no Maranhão".

Vamos acompanhar e comentar os blogs dos/as colegas!!

Mandem notícias!

Abraços,

Viviane.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

O letal vírus G

Durante os anos em que fiz minha graduação em Letras, fui infectada com o letal e extremamente nocivo vírus G. Esse perigoso vírus tem sido transmitido amuitas gerações de professores, especialmente os de português. E vem causando danos irreparáveis a uma imensa parcela de alunos nos quatro cantos de nosso país.
Descubra, caro colega, se você também foi infectado por ele e ainda não está diagnosticado. Seus principais sintomas são: aulas focadas em tópicos gramaticais, listagem de certo e errado na língua, listas intermináveis de exercícios, decoreba de regras (como a da crase), reprodução da “ladainha” dos modos e tempos verbais, uso do texto para fins específicos de um ponto gramatical etc. Se você apresenta um ou mais destes sintomas, sinto muito: você também foi infectado pelo vírus G, ou vírus da Gramática.
Não quero dizer com isso que ensinar gramática é um erro. Tudo depende da sua concepção do que é e de qual gramática ensinar, é claro! O que quero dizer é que, no curso de graduação que fiz, lá no distante século passado, havia transmissão da gramática normativa apenas. E isso causou sérios danos em meu desempenho profissional. Pois muitas aulas meramente gramaticais eu dei. E hoje percebo porque elas, muitas vezes, eram chatas e desmotivadoras.
Mas há antídoto para o vírus G. Só que ele começa a agir lentamente e poderá levar muitos anos para se obter uma cura. No início do tratamento, você deverá tomar doses maciças do vírus L, ou vírus da Linguística. Você deverá recorrer a estes estudiosos e beber diretamente em sua fonte. Ou seja, lermuito. Estudar. Concordar. Discordar. Para, com isso, mudar! Reveja os Parâmetros Curriculares Nacionais. Pesquise bibliografia na Internet.
Descubra Sírio Possenti, Marcos Bagno, Ataliba Castilho e Irandé Antunes. Faça cursos de atualização legítimos. Ocupe uma pequena parte de seu tempo extra com isso e você perceberá as mudanças na organização de sua aula e, principalmente, no interesse dos alunos por ela.
Mudança. Esta é a palavra de ordem. Não teremos sucesso na transformação da escola que todos dizemos querer, se não houver boa vontade e interesse em mudar. Não adianta modificarmos a parte física da escola e incorporarmos tecnologia, se não houver mudança e principalmente a cura da “gramatiquice”.
Lembre-se: a gramática aprisiona a língua. Normatiza o que é livre. Claro que ela deve ser ensinada,mas não somente ela. Incorpore em sua rotina de sala de aula outros elementos e os textos que estão na rua, nos jornais, na Internet. Faça com que seu aluno participe e sugira assuntos. Descubra seu conhecimento de mundo e seus interesses. Planeje para
eles e não para a gramática. Vacine-se contra o vírus G. Você perceberá as mudanças.

LUCIANA MELLO DA SILVA MELLO|PROFESSORA MUNICIPAL DE ITAARA
O letal vírus G | ARTIGO | Opinião - Diário de Santa Maria
http://www.clicrbs.com.br/dsm/rs/impressa/4,41,2600790,12826

terça-feira, 11 de agosto de 2009

O Gestar II acontece!

Vejam a notícia:

http://rivaldizia.blogspot.com/2009/08/projeto-do-gestar-e-apresentado-em.html

Estou aguardando seus relatórios!!

Abraços,

Viviane.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Avaliação Diagnóstica

Queridos/as,

enviei a vocês, por email, uma mensagem com diversos anexos relativos à Avaliação Diagnóstica. Se alguém não tiver recebido, por favor me escreva!!

viviane.gestar@gmail.com

Abraços,

Viviane.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Envio de relatórios

Queridos/as,

quero lembrar que os relatórios devem ser enviados para viviane.gestar@gmail.com ATÉ O DIA 15 DE JULHO. Após essa data, enviarei a meu coordenador uma lista de formadores/as em dia com o Gestar II.

Quero saber como vão as coisas no Gestar II - Maranhão! Atualizem seus blogs! Mandem notícias!

Abraços,

Viviane.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Um texto da Cleo

Acredite sempre em você e ame o que você faz;
Busque sempre a perfeição;
Compreenda que o seu sucesso depende muito da qualidade do serviço que presta à sociedade;
Dedique-se cada vez mais para que o seu trabalho tenha êxito;
Edifique sua carreira profissional sob (sic.) bases sólidas como o conhecimento e a sabedoria;
Faça sempre o melhor possível sem esperer elogios em troca;
Goze dos seus direitos, mas cumpra com seus deveres;
Honrre sua profissão, desenvolvendo bem o seu trabalho;
Invista frequentemente em sua qualificação profissional;
Jamais desista de seus sonhos e busque realizá-los;
Lute com garra e ética para conquistar o seu espaço;
Mostre que é capaz de somar positivamente para promover o desenvolvimento;
Nunca deixe de ser você mesmo;
Olhe sempre para a frente;
Participe ativamente do processo evolutivo da sociedade;
Questione sempre, buscando a compreensão e a verdade;
Relacione-se bem com as pessoas;
Seja ativo, comprometido, responsável e amigo;
Trate as pessoas com respeito;
Use seu conhecimento com sabedoria;
Veja sempre o lado positivo das coisas;
Xeretice não deve fazer parte de sua vida;
Zele pelo bem estar coletivo.

Cleonice Machado

Texto extraído do livro Professor: segredos para o sucesso
(disponível em http://cleomachadoescritora.blogspot.com/)

terça-feira, 30 de junho de 2009

Relatórios

Recebi pouquíssimos relatórios até o momento!!
Encaminhem seus relatórios em anexo para o email viviane.gestar@gmail.com.

Abraços,

Viviane.

Blogs

A seguir, copio algumas instruções acerca da edição de blogs (agradeço ao Dioney pelo encaminhamento).

Para ver as imagens em tamanho maior, clique com o botão direito do mouse sobre a imagem que deseja ver e selecione "salvar imagem como".

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Intertextualidade

Assistam ao vídeo indicado a seguir e reflitam:
  • como esse vídeo poderia ser utilizado para discutir intertextualidade?
  • De que tipo de relação intertextual se trata?
  • Por que esse vídeo também seria interessante para discutir o conceito de gênero?
Postem suas respostas como comentários, e vamos construir um debate!!

(Agradeço à Elenita por me mostrar esse e outros vídeos!)

Intertextualidade

PRIMEIRO DIA – 15 DE JUNHO

Como anda o Gestar II nos municípios?

• Minha apresentação como Formadora-UnB, tendo em vista que substituo a formadora Isabel Cristina, que atuou junto à turma na Fase 1.
• Dinâmica do boneco, para introduzir a discussão acerca das conquistas obtidas e das dificuldades enfrentadas na primeira fase. A turma foi dividida em seis grupos, que refletiram sobre suas conquistas e dificuldades. O objetivo era que levantassem três conquistas e três dificuldades que tivessem em comum. Cada grupo desenhou, em folha de papel pardo, um boneco, localizando no corpo do boneco suas conquistas e dificuldades (por exemplo, conquistas com o estudo foram localizadas na cabeça, dificuldades de deslocamento foram localizadas nos pés etc.). Depois, os grupos apresentaram-se em plenária.
• Compartilhamento da implantação do Gestar II nos municípios. Cada formador/a municipal narrou a experiência do Gestar II em seu município, contando em que fase encontra-se a formação, o apoio (ou falta de apoio) dos municípios ao Programa, problemas com o material etc. Esse debate foi longo, mas fundamental para que eu pudesse me apropriar do andamento do Gestar II no Maranhão, uma vez que não participei da primeira fase.
• Os principais problemas relatados foram: atraso na entrega do material (há um município, Mangabeiras, que até hoje não recebeu o material, e por isso o Gestar não foi implantado. Há municípios que receberam poucos kits e municípios que receberam material em excesso); dificuldade com a gestão do tempo; falta de apoio de prefeituras em diversos municípios; professores/as cursistas que trabalham em três turnos; impossibilidade de visitar as escolas, por falta de tempo; resistência dos/as cursistas ao Programa.
• Avaliação das estratégias adotadas para a formação neste primeiro dia.

SEGUNDO DIA – 16 DE JUNHO


Socializando

• Abordagem do TP 6. Para a discussão dos objetivos das unidades, a turma foi dividida em quatro grupos; cada qual debateu os objetivos de uma das unidades do TP. Depois, os debates foram socializados com toda a turma.
• Argumentação: discussão da Atividade 1, p. 15.
• Os/As formadores/as sentiam necessidade de retomar os conceitos de tipos e gêneros textuais, então houve uma explanação teórica a respeito.
• Com base no Resumindo, p. 40, a turma foi dividida em seis grupos, cada qual responsável por um tipo de argumento. Os grupos estudaram os respectivos tipos de argumento e planejaram uma dramatização que exemplificasse o tipo de argumento dado. O restante da turma deveria descobrir de que tipo de argumento se tratava. A atividade foi muito produtiva.
• Leitura compartilhada: Importante, p. 54.
• A partir de uma tese definida pela turma (“O local escolhido para a formação no Maranhão não favorece o desenvolvimento do Gestar II”), foram levantados argumentos para a sustentação da tese. Os/As formadores/as redigiram um texto argumentativo, na forma de e-mail, organizando os argumentos levantados.
• Debate com toda a turma a respeito da produção de texto como processo que envolve escrita, revisão e edição. Discussão das implicações pedagógicas dessa perspectiva de texto como processo.
• Debate em grupos acerca da relação entre ensino de LP e literatura.
• Avaliação das estratégias adotadas para a formação neste segundo dia.

TERCEIRO DIA – 17 DE JUNHO



Trabalhando em grupos


• Abordagem do TP 1. Para a discussão dos objetivos das unidades, a turma foi dividida em quatro grupos; cada qual debateu os objetivos de uma das unidades do TP. Depois, os debates foram socializados com toda a turma.
• Discussão teórica: definição de variantes linguísticas e registros.
• A turma foi dividida em 12 grupos, e cada qual ficou responsável pela discussão de uma atividade específica do TP. Depois, os grupos socializaram seus debates, refletindo sobre a adequação das propostas de atividades.
• Definição de norma culta, na perspectiva da variação linguística. Implicações dessa perspectiva para o ensino de gramática.
• Atividade 1, p. 59. Debate com toda a turma.
• Definição de intertextualidade (e sua relação com o dialogismo e a polifonia). Atividade com base na Canção do Exílio e textos que estabelecem com esse texto relações intertextuais (agradeço à Carol pela disponibilização do material para esta atividade).
• Avaliação das estratégias adotadas para a formação neste terceiro dia.

QUARTO DIA – 18 DE JUNHO


• Abordagem do TP 2. Para a discussão dos objetivos das unidades, a turma foi dividida em quatro grupos; cada qual debateu os objetivos de uma das unidades do TP. Depois, os debates foram socializados com toda a turma.
• Debate: conceitos e tipos de gramática. Gramática prescritiva, descritiva e interna. Implicações pedagógicas.
• Discussão acerca das limitações desse TP. Em grupos, os/as formadores tiveram tempo para avaliar o material e foi estabelecido um debate a respeito.
• A turma foi dividida em 12 grupos, e cada qual ficou responsável pela discussão de uma atividade específica do TP. Depois, os grupos socializaram seus debates, refletindo sobre a adequação das propostas de atividades.
• Para o debate acerca da relação entre língua, cultura e arte, assistimos ao filme “Língua: vidas em português” (agradeço ao Djalma pelo empréstimo do data show e pela gravação do filme).
• Avaliação das estratégias adotadas para a formação neste quarto dia.

QUINTO DIA – 19 DE JUNHO


Dever cumprido!

• A turma foi dividida em três grupos: formadores/as e coordenadores/as de municípios que já iniciaram os trabalhos com o TP4; formadores/as e coordenadores/as de municípios que já iniciaram os trabalhos com o TP3; formadores/as e coordenadores/as de municípios que ainda não iniciaram os trabalhos com nenhum TP (não havia nenhum município que tivesse entrado no TP5).
• Os grupos que já haviam trabalhado TPs em seus municípios contaram como se deu a exploração do material junto aos cursistas, as adequações feitas etc. A troca de experiência foi muito interessante, sobretudo para aqueles/as cujos municípios encontram-se muito atrasados em relação à implantação do programa.
• Reflexão: a importância de mantermos estreito contato para a troca de experiências.
• Como o principal problema enfrentado para a implantação do Gestar II é a sobrecarga dos/as cursistas, muitos/as dos/as quais trabalham em três turnos, foi realizado um debate a fim de levantar estratégias para o enfrentamento do problema. As estratégias imaginadas pelos/as formadores/as foram: 1. realizar encontros presenciais em dias da semana diferentes, de modo que os/as cursistas que não tenham disponibilidade em um determinado dia da semana não percam encontros sistematicamente; 2. criar grupos de estudo em cada escola, em horário de coordenação; 3. utilizar o dia de folga de LP para formar grupos de estudo, nos municípios em que as folgas são coincidentes em todas as escolas; 4. utilizar as horas quinzenais de planejamento para estudos do Gestar II; 5. buscar a redução da carga de professores/as envolvidos/as com o Gestar II e que têm 20h semanais em sala de aula para 15h – isso depende da adesão das SEs.
• Solicitação dos/as formadores/as: que a coordenação do Gestar II entre em acordo com as SEs dos municípios, no sentido de garantir que as SEs sejam mais engajadas com os resultados do Programa, facilitando a participação dos/as cursistas.
• Avaliação geral da semana de formação.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Vera e eu, no quinto dia da formação

Este espaço foi criado para o compartilhamento de minhas atividades como Formadora-UnB junto à turma de formadores/as do Gestar II no Maranhão, na Fase 2.

Em substituição à Formadora-UnB Isabel Cristina, que acompanhou a turma na Fase 1, assumi o Gestar II no Maranhão a partir de junho de 2009. Entre os dias 15 e 19 de junho vivemos a intensa experiência de uma semana de formação.

Foi uma semana de muito trabalho, não se pode negar. Apesar dos problemas de logística (hotel muito distante do local de formação; local de formação inadequado), posso dizer que pedagogicamente o encontro foi um grande sucesso!

Minha turma é generosa e empenhada. O engajamento dessas pessoas, que lidam com as dificuldades mais diversas com muita persistência, me anima e estimula! Estou muito feliz com o resultado e acho que fizemos um excelente trabalho.

Nos próximos meses, espero que possamos estabelecer comunicação constante, por meio deste blog e do endereço eletrônico viviane.gestar@gmail.com. O compartilhamento de nossas experiências será fundamental para o sucesso do programa que abraçamos!